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Estudantes de Comunicação Social-Jornalismo em Multimeios Juazeiro-BA

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Revista Capricho Edição nº 1023. julho 2007. P. 64. Texto: Bárbara Semerene.

 -Não importa se você é iniciante, iniciada ou avançada no tema. Aqui estão as respostas para as dúvidas que você sempre teve e não sabia para quem perguntar.


1. Todas as meninas sentem dor na primeira vez?


Pense bem. Sua vagina até hoje não conheceu nada mais espesso que um dedo. É natural que, quando ela recebe um, digamos corpo estranho você ache tudo muito diferente e fique tensa – fora o surto por estar sem roupa, perdendo sua virgindade etc. Com tanto nervosismo a garota contrai os músculos da vagina, o que dificulta a dilatação e lubrificação para entrada do pênis. Se estiver relaxada segura do que quer, não vai doer. Ou vai doer muito pouco. Você já se depilou com cera fria? Então, acredite você já passou por dores piores.



2. E sempre sangra?

Tire da sua cabeça senas de filmes com a máquina mortífera. A maioria das meninas tem um pequeno sangramento na primeira transa provocado pelo rompimento do hímen. Mais ele pode se romper sem que haja ruptura de vasinhos. Também hímen elástico, que não se rompe nas primeiras transas. Aí a menina não sangra.



3. Posso engravidar na primeira vez?

Claro! Não é a primeira vez que você tem carta branca. Depois da primeira menstruação, o que determina se você vai ficar grávida ou não é o seu período fértil, ou seja, os dias em que você está ovulando, Esse período gira em torno do 14º dia após o primeiro dia da menstruação – isso se seu ciclo for super-regular. Se transa sem camisinha nesses dias, já era: não importa se foi na primeira ou na vigésima vez.



4. O que é orgasmo?

Pergunte o que é a vida e para aonde vamos. É mais fácil! Ok. Agora sem brincadeira: é uma reação do corpo, que dura alguns segundos (nos homens, de 2 a 5 segundos, e nas mulheres, de 5 a 10 segundos), sentida durante a masturbação e o sexo, resultado de uma intensa excitação das zonas erógenas e órgãos sexuais. Traduzindo: é uma sensação externa de prazer, que não tem uma regra nem de tempo, nem de intensidade. Você já espirrou na vida, certo? Orgasmo é como um espirro: às vezes você da um espirrinho, às vezes, um espirrão. E ás vezes quaase espirrra, mas ih, não deu!



5. Sexo oral tem gosto ruim?

O pênis não tem gosto nem cheiro (se o cara for limpinho, claro!). O que tem cheiro meio ruim, parecido com o de cândida, e o esperma (claro que uma coisa se mistura com a outra. Mas enfim...).

Um mágico amor medieval

Tristão e Isolda

Tristão é órfão e sua herança foi-lhe tomado pelos vassalos de seu pai. Ele então ingressa no castelo do tio, o rei Marcos, que o educa, transformando-o em cavaleiro defensor da Távola Redonda. Além de valente e destemido, Tristão é poeta e músico.

Numa de suas aventuras, Tristão mata o gigante Marolt, ao qual pesados tributos eram pagos pela corte. Na batalha, recebe vários ferimentos que só podem ser curados com a magia da rainha da Irlanda. Mas ela é inimiga do rei Marcos, e Tristão é conduzido a seus domínios disfarçado em músico. Usando o nome de Tântris, Tristão acaba se tornando professor de Isolda, filha da rainha.

Ao voltar ao castelo do tio, Tristão lhe conta da beleza de Isolda. Marcos, entusiasmado coma possibilidade de pôr fim às inimizades, pede a princesa em casamento. A rainha aceita o pedido e, pensando na felicidade de Isolda, prepara uma porção mágica – o líquido Minnetrank – que tem o poder de conduzir o noivo ao estado de paixão. Mas, no banquete de núpcias, os copos trocados por uma criada desatenta – e quem bebe a água mágica é Tristão.

A magia instala no intimo dos dois jovens uma luta arrebatada entre o pecado e a virtude. Tristão e Isolda são surpreendidos pelo rei Marcos, que os expulsos do castelo. Os dois eram por três anos e chegam a uma condição de terrível desgraça. O tio de Tristão se arrepende e os perdoa – recolhe Isolda e deporta o sobrinho.

Em país estranho, Tristão se casa com uma jovem – que também se chama Isolda. Ela o ama, mas Tristão vive das lembranças de seu amor passado. Ele é novamente ferido em uma batalha e pede que venha curá-lo a Isolda de suas esperanças – ela havia herdado a arte da magia curativa de sua mãe, Tristão espera, quase morto, o socorro de Isolda.

O navio que trará Isolda deve chegar içando velas brancas. Mas a esposa de Tristão, informada do detalhe da chegada da rival e magoada comas preferências do marido, vinga-se segreda nos ouvidos dele que o navio chegou, mas içando velas negras – sinal de que Isolda havia morrido. Amargurado, Tristão desfalece antes que a embarcação atraque. Isolda desembarca e corre ao encontro do amado. É tarde: Tristão está morto.





Bernardo Pelegrini e Maria Angélica Abramo. Almanaque do amor. P.56

Liberdade para sentir ou sentir com liberdade

De um lado, um amor é uma história de respeito à liberdade do outro. De outro lado, é uma busca contínua de fazer respeitar a própria liberdade.

A relação entre pessoas que não consideram essas delicadezas levam Sartre a dizer, pela boca na personagem Garcin.

“Vocês se lembram: o enxofre, a fogueira, as grelhas... do inferno? Ah, que brincadeira. Não há necessidade de grelhas: o inferno são os outros!”

Contudo essa visão pessimista não apresenta o conjunto da obra do filófoso: foi uma fase.

Sartre percebe que querer ser amado é tentar assimilar a liberdade de outrem, sujeitando-a à própria liberdade. Mas, ao mesmo tempo, ninguém quer ser amado só porque o outro lhe fez um dia de promessa: “Amo você porque me comprometi e não quero voltar atrás na minha palavra”. Do mesmo modo, ninguém admite ser verdadeira uma relação semelhante à que se teria com aquelas bonecas infláveis que aparecem no cinema. São usadas e depois vão para a caixa. Esvaziadas.

Todos queremos também o risco renovado da possibilidade de não ser amado. Nós somos assim mesmo. Gostamos do risco e da ambiguidade.

Tendemos a rejeitar o amor que admite ser sempre um objeto passivo para nós. Por isso ninguém constrói uma relação saudável com o amor que o quer escravo. Além de tudo, ficamos sempre no sobressalto de que esse amor pode também escapar de nós.

No amor è inevitável esse conflito entre a tendência de transformar o outro em objeto e a de se deixar ser objeto. Esse conflito é saudável, pois mantém o equilíbrio da relação afetiva.



(Fernando José de Almeida, Op. cit, p. 21)